Carlos Drummond da Andrade
Vim aqui lembrá-los da nossa avaliação sobre Drummond, que acontecerá nesta quarta, dia 25.
Para vocês, algumas leituras de última hora:
e
E, para não dizer que não falei de amores, aqui vai um poema do nosso querido poeta, a pedido do Cássio (ele ia mandar para alguém, mas mudou de ideia! rs):
As sem razões do amor
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.